quinta-feira, 29 de março de 2012

pós-graduação para babás!


Eu não sou muito exigente e nem perfeccionista. Pelo contrário, sou uma pessoa bem prática e objetiva. Prefiro o bom agora ao ótimo sei lá quando. Mas tem coisas que eu persigo o ótimo sim, especialmente quando se trata dos meus filhos. Por isso nunca tinha pensado na possibilidade de ter babá. Na minha opinião, a grande desvantagem das babás é "em que elas vão transformar meus filhos". Não quero e não aceito de jeito nenhum ver um bebê passando a tarde toda vendo DVD ou ouvindo rádio sertaneja. Nada contra o sertanejo, mas quem deve influenciar as preferências dos meus filhos deveriam ser os pais, né não (pelo menos enquanto dá)? 

Pois é, mas dessa vez, com dois bebezinhos de uma só vez, não teve como não pedir ajuda. E cá estou eu com uma babá em casa há quase 2 meses. Como todo ser humano ela tem suas qualidades e defeitos. O dilema agora é, quando eu voltar a trabalhar, o que faremos? Eu colocaria os 3 na mesma escola se isso não custasse o equivalente a 90% do meu salário. Como eu gosto da menina, e acho que ela tem potencial, resolvi investir. Passei as duas últimas semanas preparando uma pós-graduação para babás. Chamo de pós graduação porque não tem aquelas coisas básicas de trocar fralda, dar banho, preparar alimentos. Isso aí é pré-requisito. Tem que fazer bem feito. E dessas tem muitas no mercado. 

Quero uma babá que possa dar aos meus pequenos os estímulos que eles receberiam se estivessem na creche comigo. E lá fui eu de volta aos milhares de livros que li na minha primeira gravidez, as pesquisas em sites de inúmeras escolas, blogs de pedagogas, tudo para estruturar atividades para meus tiquinhos e pimba: montei uma super rotina! Cada dia da semana a gente foca o estimulo em uma área diferente.

Ficou bacana. Doida para botar em prática e transformar a minha babá em super nanny. 

Sylvia
  




terça-feira, 20 de março de 2012

Eu, judoca!

Esse ano comecei a fazer aulas de judô na escola.
Eu já brincava de judô com meu pai em casa, mas agora estou aprendendo os fundamentos.
Aí quando eu tiver craque, não vai ter jeito, vou dar muitos ipons no papai.
Ganhei um kimono e fiquei super feliz. Tô adorando ir para os treinos.
Sabia que os judocas têm que comer frutas e saladas para ficar forte?
E que eles também tomam leite só no copo? (essa parte ainda está um pouco difícil pra mim, mas estou tentando).
Judo white belt.svgMinha faixa é branca, mas eu queria era a azul pra combinar com o kimono.
Mas já sei que com o tempo a gente vai trocando...
Caio







sábado, 17 de março de 2012

Boletim 17 - Bolo com Vacina

Dia 15 chegou, e dia 15 é dia de bolo, foto da família, pediatra e ... vacina. 

Os tiquinhos completaram 4 meses de vida! 

Eu fiquei super na dúvida se deveríamos comemorar com bolo e festa os mesversários dos bebês por causa do Caio. Poderíamos comemorar de outra forma, assim, o Caio, que adora festa, não acharia que só o Iago e a Lys tinham festa. Imagina ele esperar um ano enquanto os irmãos com festa todo mês. O primeiro mês foi tranquilo, porque foi junto com o aniversário dele. No segundo mesversário ele ficou um pouco enciumado. Eu quis parar por aí. Mas o Felipe insitiu que deveríamos fazer igual fizemos pro Caio e ele teria que entender.  O mesversário seguinte coincidiu com a vinda da família do Felipe e comemoramos os 3 meses dos baixinhos junto com os 3 anos do Arthur (primo). Foi tranquilo, sem estresse. A tensão estava no ar para os preparativos dos 4 meses. Mas o pequeno Big Brother já tinha entendido o recado. Chegou em casa, viu um monte de balões e disse "hoje é a festa do Iago e da Lys". Expliquei que eles estavam fazendo 4 meses e ele iria fazer 3 anos e 3 meses. Mas ele disse que não era festa dele, e que a festa dele vai ser em dezembro e será do quarteto fantástico porque ele vai fazer 4 anos. Fácil ser mãe do Caio. Ainda bem que o Felipe não me deixou desistir. 

Lindinho e Lindinha, Fofão e Fofinha, Tiquinho e Tiquinha, Gostosinho e Gostosinha, Gatão e Gatinha, Iago e Lys estão mais lindos, fofos, ticos, gostosos, e gatos do que nunca. Além de espertos, divertidos e pesados!
Iago já pesa 6,4kg e mede 63,5 com. Já dobrou de peso e cresceu 15,5cm. O sorrisão é sua marca registrada!
Lys pesa 5,1kg e tem 60 cm. Também mais que dobrou de peso e cresceu 15cm. Alta e magrinha. Vai ser modelo (ou jogadora de volei)!

A tia Dra. Yanna, pediatra dos tiquinhos, não cansa de elogiá-los. A gente também é só elogios pra ela! E tem novidade por aí... Eles já estão liberados para daqui a duas semanas começarem a experimentar novos sabores. Meus bebêzinhos vão virar bebês-crianças. Como será que eles vão reagir a tanta novidade? Os próximos capítulos prometem fortes emoções!

A única parte chata do dia 15 é que também é dia de vacina. Até os sete meses, é vacina todo mês. Dá uma peninha ver eles chorando... Mas se é para me deixar triste, que seja por ver eles levarem uma picadinha agora do que ver eles doentinhos depois. 



sexta-feira, 16 de março de 2012

Boletim 16 - Mãe Compositora

Quando a gente ganha um filho, vem junto um monte de novas atribuições. Para uma pessoa como eu, que gosta de tudo um pouco é fantástico. Imagina você ser educadora, fotógrafa, psicóloga, nutricionista, cozinheira, babá, cantora, cineasta, decoradora, artista, palhaça, intérprete, etc. Sim, eu sou um pouco de tudo isso, umas funções eu gosto mais, e faço mais, outras menos. Mas a que eu tô curtindo no momento é meu lado compositora. A-D-O-R-O criar músicas para meus fofinhos. Com a chegada da Lys e do Iago, relembrei os clássicos (criados por mim) como o "Rock dos Bichos", "Mamãe tá aqui" e "Você é o bebê mais lindo". 

Têm umas composições que ficam guardadas na nossa memória e não saem mais. É tipo "Ai se eu te pego". Por falar nisso, a Lys adora quando eu canto o hit mundial do Teló pra ela. Ela e o Caio são bregas como a mamãe. O Caio curtia de montão quando eu cantava "Chupa que é de uva". Espero que eles não lembrem disso. O Iago é mais seleto. Não curte qualquer besteira não. Ao contrário dos irmãos, quando eu começo a cantar minhas composições, começa a rir de mim. Vai ser super cult. 

O problema é que tem músicas que vão saindo naturalmente e viram exclusivíssimas - impossível cantar a mesma letra de novo. E se o meu mais velho ouve eu cantar alguma música com o nome do Iago e da Lys (e sempre tem), ele quer que eu cante pra ele também. Aí não tem conversa. Tem que ser igual. As vezes até lembro de algumas palavras, do ritmo, mas o pequeno grande Pingo guarda tudo na memória e fala "não é assim, mãe". Então, perto do Pingo nada de letras complexas. Musiquinhas fáceis, só com refrão, e facinha de decorar. Longe dele... Aí deixo minha "criatividade" fluir... até que o Iago fale com seu sorrisinho "Tá bom  por hoje né mamãe. Como cantora, vc é uma ótima mãe!"

Segue as letras das minhas composições especiais. 
Vai que um Teló da vida queira gravar e ganhe muito dinheiro por ai, já fica registrada a minha autoria. 

Rock dos Bichos
É o rock do cachorro, au
É o rock do cachorro, au au
É o rock do cachorro, au, au, au
Au, au, au, au, au, au, au

É o rock do gatinho, miau
É o rock do  gatinho, miau miau
É o rock do  gatinho, miau, miau, miau
Miau, miau, miau, miau, miau, miau, miau

É o rock da vaquinha, mu  ...
É o rock do porquinho, oinc ...
É o rock do pintinho, piu...

Mamãe tá aqui

Mamãe tá aqui, 
Mamãe tá aqui,
Olha a mamãezinha, 
Mamãe tá aqui

Você é o bebê mais lindo

Você é o bebê mais lindo desta casa
Você é o bebê mais lindo desta quadra
Você é o bebê mais lindo de Brasilia
Você é o bebê mais lindo do Distrito Federal
Você é o bebê mais lindo do Centro Oeste
Você é o bebê mais lindo do Brasil
Você é o bebê mais lindo da América do Sul
Você é o bebê mais lindo do Planeta Terra
Você é o bebê mais lindo do Universo 

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Parabéns as pessoas que lutaram pela licença maternidade de 6 meses.  To adorando!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sou menina, sou a Lys

Oi, meu nome é Lys. 
Estou fazendo 4 meses hoje e desde que eu nasci já aprendi um monte de coisas. 
Já sei como fazer para avisar a mamãe que estou com fome. 
Já sei rir e gargalhar. Tudo bem que eu não sou lá essa simpatia que são os meus irmãos que riem pra todo mundo, mas eu também tenho o meu valor. 
Aprendi a imitar a minhoca e a rolar. 
Durmo sozinha quando estou com o sono, mas adoro mesmo é cochilar no colinho da mamãe ou do papai. 
Sou menina. Quero ter cabelos compridos, muitos sapatos, pintar a unha e bater muito papo com as amigas!
Enquanto ainda sou pequena, vou tagarelando com a minha mãe...




terça-feira, 13 de março de 2012

O tempo voa...


Fim de semana eu, Caio, Iago e Lys fomos a festa da Sofia, amiga do Caio, que teve oficina de música. Adoro festinhas com animação. Primeiro porque me divirto e segundo porque consigo ver como o Caio interage com outras crianças e animadoras (um dia ainda vou pedir pra ficar 1 dia na escola como auxiliar da professora). 


Lá pelo meio da festa uma das animadoras apresenta a gaita para as crianças e toca um música. Depois pede para as mães cantarem e fala assim "Essa as mães conhecem". Na hora lembrei da minha mãe. Certamente ela conheceria aquela música e saberia cantar. Até gosto de bossa nova, mas tirando Garota de Ipanema e uma ou outra mais famosa, não sei a letra de cór. No máximo o refrão. Nem eu, nem as outras mães presentes - todas entre 30 e 40 anos - conseguimos cantar a música toda com a "tia". Uma ou outra parte e só. Se ela tocasse Rita Lee, Djavan ou Kid Abelha, a chance deu (ou nós) saber a letra aumentaria uns 90%. Somos mães, mas mães que curtiram os anos 80 e 90. Essa é a diferença. Fora isso, "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais..."...   

Sempre que vou a festinhas infantis passa um filme na minha cabeça. Eu e minha irmã brincando, doidas para chegar a hora do brigadeiro e minha mãe e meu pai na mesa conversando com outros pais. Aposto que conversavam sobre os filhos. Tudo se repete só que agora estou no outro papel. A Silvia, mãe da Sofia, ainda cutucou com força minha mémoria quando colocou na festa da SôSô, aquele balão gigante cheia de besteiras dentro. Era a parte que eu mais gostava da festa! 
Tudo mudou tão rapidamente. Ainda lembro das saídas e festas nos meus primeiros anos de Brasília. A turma que me acompanhava na ocasião, agora me acompanha nos picnics no parque com as crianças. As saídas são nos restaurantes que tem parquinho. E as festas de aniversários dos adultos tem que ter entretenimento para crianças. 

É, o tempo tá passando. Tô crescendo. Tô adorando tudo, exceto as rugas que começam a surgir no meu rosto...

Sylvia





sexta-feira, 9 de março de 2012

Ser irmão gêmeo é...

Iago Freire

Vida de irmão gêmeo não é fácil não. Pra quem tá de fora é tudo muito lindo, somos engraçadinhos, fofinhos, e não sei porquê, todo mundo adora nos ver. Nós não somos diferentes, somos engraçadinhos, lindinhos e fofinhos como (quase) todos os bebês. Quer dizer, somos diferentes sim. Pra gente a vida é muito mais competitiva.

Pra começar não tem aquela histórinha super motivacional de que você venceu a mais difícil prova de sua vida quando o espermatozóide do papai foi o primeiro a chegar no óvulo da mamãe. Pra gente, essa corrida deu empate. No nosso caso, foram dois vencedores: Eu e a Lys.

Depois daí, não parou mais.
Quem nasceu primeiro?
Nossa, ele é mais forte que ela (Isso pra não falar que sou mais gordo) ?
Ela é bem mais durinha que ele né?

Já sei de tudo. A Lys nasceu primeiro. O coto do umbigo da Lys caiu primeiro. A Lys fez isso primeiro, a Lys aquilo primeiro...

Isso quando as pessoas não resolvem me comparar com Caio, meu irmão mais velho. Aí é que não dá pra mim mesmo, porque meu irmão é o máximo! Nem me importo quando dizem que sou a cara dele. Ele que me ajudou a dar uma mega gargalhada antes da minha irmã. Minha mãe estava tão ansiosa por isso que eu tinha que presenteá-la antes da Lys. E ela adorou!

Vida de irmão gêmeo é assim, você é comparado 24h por dia. Não tem jeito. Por um lado é bom né, que te estimula a se desenvolver.
















Ontem, por exemplo, cheguei com outra gracinha lá em casa que conquistou a todos: peguei meu pé e levei pra boca (primeiro que a Lys!!!). Foi super divertido ver a cara de feliz e orgulho da mamãe e do papai.

Ah, e tem mais, não conta pra ninguém, mas a mamãe me diz que sou o bebê mais lindo de todos!

Iago


Olha o que eu já sei fazer!




Boletim 15 - Cama Compartilhada

Essa semana meus pequenos ficaram doentes pela primeira vez. Não foi nada de grave. Um, quer dizer, dois, resfriadinhos. Mas para pessoinhas tão indefesas um resfriado é grande coisa. Eles tem passado o dia bem, só tossindo e espirrando de vez em quando. A noite é que é mais complicado. Não dá pra chupar chupeta com o nariz entupido. Não dá pra dormir sem colocar algo na boca. Não dá pra colocar a mão na boca, se os bracinhos estão embrulhadinhos. Não dá pra ficar sem o embrulhinho, senão eles se assustam com os próprios movimentos e acordam... Resultado, as noites que estavam ficando tranquilas, voltaram a ser cansativas. E sei que isso faz parte da rotina de mãe. Filhos ficam doentes mesmo. Espero que eles (e eu também, é claro) vivam muito para eu cuidar de outros tantos resfriadinhos que vierem. Espero que eles baguncem meu sono sempre que precisarem de mim, para colocar uma chupeta que caiu, para espantar um monstro no meio da madrugada, para fazer um lanche enquanto estudam para uma prova difícil, para esperar eles chegarem de uma festa, para dar ficar junto quando eles sofrerem por amor, ou qualquer outro motivo...

A primeira vez que o Caio ficou doente, ele abandonou o berço e desde então passou a dividir a cama com a gente. Foi ótimo naqueles dias que ele esteve doente, ter ele pertinho de mim, sentir a febre subir ou baixar e acima de tudo oferecer carinho de mãe enquanto ele dormia. A gripe passou e ele não conseguiu dormir mais no berço. Foi ficando, foi ficando, e tá ficando. No começo me sentia super mal. Achava que eu estava errando como mãe. Essa sensação passou. Descobri que não existe certo e errado no universo materno. O que é bom e deu certo pra mim, pode não ter funcionado com outras mães. Tentei tirar o Pingo da nossa cama outras tantas vezes, todas em vão. Quarto novo, cama nova, lençol novo, jogo de almofadas com as letras do nome dele, irmãos bebês que dormem sozinho no quarto,  mas nenhuma alternativa deu certo. Simplesmente porque eu (e o Felipe também claro) não queremos e não conseguimos dormir sem ele...

Como dormir sem um carinho no cabelo, um abraço inesperado no meio da madrugada, nossa troca de elogios antes de dormir?  Eu posso até ser expremida, virar travesseiro, mas se antes de dormir eu ouço "sabia que vc é bonita" ou "eu que te amo mais, do tamanho do céu" ou ainda "eu não quero trocar de mãe. quero você pra sempre", não tem como não ter um sono tranquilo. Não tem como esquecer de rezar e agradecer. E cá pra nós, não consigo mais abrir mão disso não. Preciso disso pra manter a auto-estima lá em cima. 

E ao ver meus tiquinhos dodóis, juro que tive vontade de levá-los pra minha cama também. Mas, não dá né. Pelo menos por enquanto não. Mas o soninho da tarde com meus anjinhos tá garantido. Na cama com a mamãe. Até que o fim da licença maternidade nos separe...





sexta-feira, 2 de março de 2012

O post número 100 é meu!


Depois que meus irmãos nasceram, o meu blog deixou de ser só meu. Mas não posso perder a oportunidade de escrever o post número 100!

Tudo bem que ainda preciso de ajuda para escrever, mas já já (tipo daqui a uns 3 ou 4 anos) fico craque. 

Por enquanto ainda está um pouco confuso pra mim. Fui digitar o nome do Iago e fiquei um tempão procurando o I. Minha mãe me mostrou onde era, mas achei que o I era a tecla "!" por causa do pingo. O I que ela me mostrou não tinha pingo. Ela vai me ensinando e eu vou aprendendo aos poucos. O I eu já aprendi!

E também já aprendia a digitar e escrever o meu nome: 

Digitando: ccaio


Escrevendo: 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Boletim 14A - Travessuras do Iago


Sim, é verdade. Ele gargalhou. O fofinho mais fofinho de todos os fofinhos deu um megarisadão muito do gostoso pela primeira vez em 28 de fevereiro. Não foi pra mim, nem pro pai, foi pro irmão mais velho. Os dois se escangalhando de rir de uma bobeira super sem graça (o Caio pulava no sofé e fazia 'bú') e eu me acabando de chorar... Não consegui filmar porque o Caio não deixou. O big brother foi pra escola e é claro, passei o dia todo tentando arrancar outra risadinha. Nada. Mas foi só o Caio voltar da escola que fizeram a mesma brincadeira. ô coisa mais gostosa! Tudo bem, ainda hei de ganhar uma gargalhadinha só pra mim! Já esperei até aqui né!




O caçulinha também me surpreendeu essa semana ao rolar pela primeira vez . Foi uma semi-rolada. De bruços (que ele não gosta mesmo) virou de barriga pra cima. Não esperava essa travessura tão cedo. O Caio demorou tanto pra fazer isso...  A mãe aqui parece que ainda não aprendeu que os bebês são diferentes. E tem mais:  o Iago pouco levanta o pescocinho. A Lys é bem mais forte que ele (por enquanto). Então, achava que ela faria isso primeiro. Coisas da vida!






Deve ser porque o Iago finalmente soube quem será sua madrinha! Ficou todo animadinho e tratou mostrar suas novas habilidades para mamãe ter o que contar pra Dinda. A sortuda, uma amiga muito querida que conheci ainda grávida do Caio, é a Naira. Uma sul mato-grossense, analista de sistemas, mãe do Bruno e em breve da Isabela, que mora bem pertinho da gente e também faz parte das "Corujonas" - uma das minhas familias daqui de Brasília, formada por 22 mães que tem filhos da idade do Caio. Divertida, topa tudo sempre, adora uma bagunça, e ao mesmo tempo, doce, tranquila e meiga. Perfeita para compartilhar com a gente as muitas aventuras do meu pequeno anjinho!

Sylvia






Boletim 14B - A Pequena Lys

Depois que tive o Caio, queria que meu segundo filho fosse outro menino. Primeiro porque eu queria que o Pingo tivesse um amigo que morasse junto com ele para brincar, sair, bater papo e segundo porque é muito bom, é uma coisa assim muito de outro mundo ser mãe de menino. Mas no fundo, no fundo, toda mulher sonha em ter uma filha mulher. Não sei se é bem assim, mas é como se a gente continuasse a viver na vida da filha. Como se a nossa vida ganhasse mais uns 30 ou 40 anos, ou até mais se nossa filha tiver outra filha, e assim por diante. 

Quando soube que estava grávida de gêmeos, torci muito para que fosse um casal. E fui presenteada também com uma pequena gatinha. O nome já tava escolhido desde a adolescência (olha aí o 'no fundo no fundo'): Lys. Uma certa amiga do segundo grau escreveu uma mensagem pra mim no meu caderno de recordações. Não lembro exatamente do que ela escreveu, mas colocou 3 adesivos brilhantes mega colorido com as 3 letrinhas do meu nome S, Y e L. Não sei porquê, mas ela colocou na ordem trocada, L, Y e S, e embaixo desenhou uma seta da direita pra esquerda (tu lembra disso Roberta?). Aquilo ficou na minha cabeça pra sempre e virou o nome da minha linda bonequinha. 

E aqui estou eu, no meio de tantos carros, bolas e super-heróis, aguardando o dia de brincar de casinha, estudio de beleza, fazer competições de ginástica com as bonecas com direito a medalha e tudo, ou então, preparar uma lista de chamada com os personagens da novela da época para serem nossos alunos na escolinha... Além de continuar aprendendo sobre a história dos super-heróis (até ha alguns meses não sabia quem era o Wolverine), terei que fazer um curso de atualização de princesas. Só lembro bem da Branca de Neve e da Cinderela, mas hoje são muitas outras. A visita as lojas de brinquedos vão ser diferentes. Para os meninos, existe o hotwhels, um carrinho que custa 5 reais, e sempre dá pra levar de brinde para um bom comportamento. E para as meninas? Será que ainda existe a 'fofolete'? ou algo parecido? Enfim, um novo mundo e um novo sonho que 'felysmente' tenho o grande privilégio de estar vivendo! 

Ops! A pequena Lys também tem Dinda: Cristiane, a tia Crix! Jornalista, cearense de estado, cearense de time, e sem querer ser redundante, faz parte da turma do Ceará (composta pelas 'comadres' e a 'rapaziada do sindicato') - minha outra família daqui de Brasília. Com ela, não tem tempo quente. O bicho pode estar pegando e aquele sorrisão contagiante tá sempre lá. Super alto astral! Todo mundo tem que ter pelo menos uma amiga assim que te mostra que viver vale a pena, que os desafios devem ser perseguidos, vencidos e comemorados. Tia babona da Laís, agora também, madrinha da Lys!

Sylvia