terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dicas para viajar com crianças de avião no Brasil

Viajar de avião com  filhos pequenos não é mole não. Esse fim de semana demos um pulo rápido no Rio de Janeiro (viagem patrocinada pela vovó que queria exclusividade, portanto, me perdoem por não ter avisado ninguém!) e .... bom vou contar os fatos e dar dicas para quem pensa em se aventurar pelos aeroportos brasileiros com crianças!

- Chegamos super cedo no aeroporto e já estávamos com nossos lugares marcados. É sempre corredor+meio+corredor. Não dá para ficar nós 5 nas três poltronas, porque em caso de despressurização, há apenas 4 mascáras para cada fila. Fomos fazer o check-in e o atendente nos colocou na primeira fileira. Só que meio+meio+corredor. Ou seja, colocou uma pessoa entre a gente. Mas agora já sabemos, temos que falar no check-in que não queremos trocar de poltrona.

- Na volta a gente já foi falando "não precisa trocar os nossos lugares" e tudo estava indo bem até que o atendente perguntou: "Vc sabe se precisa de cartão de embarque para as crianças de colo?". Ainda bem que já viajei com bebês de colo e expliquei que precisa sim. E ele pegou uns cartõeszinhos e fez cartões de embarque "manual" para Iago e Lys. Até então, todas as outras 25 viagens de avião que fizemos com bebês, os cartões de embarque eram emitidos pelo sistema. Mas, deve ser um procedimento novo...

- As adversidades também acontecem no estacionamento. Meus pais foram nos buscar e a acessibilidade no estacionamento é só até as vagas de deficiente. Estranho por causa da quantidade de carrinhos de bagagem que passam por lá... Mas como estávamos, além daquele carrinho, dois bebês confortos (com bebês),  uma criança, e malas de mão, minha mãe foi gentilmente buscar o carro para a gente não ter que se deslocar até o carro com "nossas coisas". Ela estacionou na vaga de deficiente (temporariamente) para a gente poder embarcar e acomodar tudo e todos num carro compacto. E a gente coloca bb conforto na mal, coloca no banco, troca as malas de lugar, testa dali, testa daqui, até que chega o guardinha da infraero e pede pra gente sair porque já já estaria chegando o dono da vaga (?). Tenho certeza que se um portador de necessidades especiais visse a nossa situação, desceria do seu carro para nos ajudar. Mas regras são regras. E guardinhas (não eram robôs) estão lá para segui-las sem raciocinar. Lição aprendida.

- Por falar em carrinhos de bagagem, dos 4 que a gente usou só um estava funcionando. Pra que carrinho né? As malas tem rodinhas mesmo...

- E outra coisa que não podemos esquecer é deixar na mala de mão roupas de frio, comidinhas e entreterimento para crianças, afinal o vôo pode atrasar e te deixar literalmente numa fria. A nossa sorte é que o Felipe tinha deixado 2 camisas dele na mochila, que serviram de coberta para os gêmeos. Como a nossa previsão de chegada em Brasília era 19h20, eles estavam com roupas bem fresquinhas. E quando chegou lá pras 21h começou a ficar muito frio. O vôo, previsto para as 18h saiu do Rio as 23h. Só soubemos que a aeronave estava com problemas quando já estávamos lá dentro. A Gol até ofereceu voucher para lanchar, mas isso já era 21h, os bebês estavam dormindo e tínhamos que sair da sala de embarque para buscá-lo. E também não tínhamos mais cartão de embarque. Só um cartãozinho da gol, dizendo nada.

- Nossa torcida era que o embarque do nosso vôo mega atrasado fosse pelo menos por ali. E ficamos um pouco decepcionados quando a atendente anunciou novo portão de embarque: R5 - acesso remoto. Pegar aquele onibuzinho, bem tarde da noite, crianças dormindo (com roupas inadequadas), subir aquela escada balançando para entrar no avião, não era o que precisávamos naquele momento. Mas o mais impressionante é que nesse portão de embarque não havia microfone (era na base do grito mesmo) e o atendente que lá estava nem sabia do nosso vôo. A essa altura todas as crianças do vôo estavam dormindo no colo de seus pais e o atendente nem se lembrou que deveria dar prioridade para a gente. Não basta ser pai, tem que ter agilidade. E ficar espero!

- Fico imaginando se a gente tivesse seguido a orientação do atendente do guichê em despachar os bebês confortos... Ainda bem que já sabemos que o bebê conforto cabe sim no compartimento superior. É preciso ter experiência para não cair em ciladas!


Viu como é complicado voar com crianças no Brasil?

Obs 1: Sorte que não nos colocaram no vôo das 20h30. http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/diversos/o-drama-dos-passageiros-da-gol-no-voo-rio-brasilia/

Obs 2: Pingo e os baixinhos foram nota 10!

Obs 3: Para não ficar um post chato, não falei da situação dos banheiros, da infraestrutura para atender bebês (afinal eles nem pagam taxa de embarque, não é mesmo?) e muito menos das filas quilométricas para sair do estacionamento.






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